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Foto do escritorAndre Peres

Mitos sobre o autismo


Quantos mitos sobre o TEA você já ouviu durante a sua jornada?

Atualmente, mesmo com cada vez mais informações disponíveis sobre o TEA, ainda existem muitas informações desencontradas que geram muita dúvida.

Separamos os mitos mais "comuns" e destrinchamos cada um deles para entendermos melhor se realmente existem alguma ligação entre esses fatos. Com isso, conseguiremos aumentar as informações de qualidade sobre o TEA e acabar de vez com os tabus gerados em torno do diagnóstico e das possíveis causas do TEA.


1 – Vacinas causam autismo em crianças


Mesmo com tanta informação disponível, o mito das vacinas ainda continua, mas a resposta para essa pergunta é, NÃO, vacinas não causam autismo.

Esse mito começou em 1998, quando o médico Andrew Wakefield apresentou uma pesquisa preliminar, publicada na conceituada revista Lancet, descrevendo 12 crianças que desenvolveram comportamentos autistas e inflamação intestinal grave. Em comum, dizia o estudo, as crianças tinham vestígios do vírus do sarampo no corpo. Esse estudo foi responsável por derrubar os índices de vacinação no Reino Unido e, mais tarde, ao redor do mundo.

Nos EUA, o mito começou a partir do componente timerosal, um componente antibactericida que está presente em algumas vacinas.

A partir disso, o componente passou a ser estudado e em 2004, o Instituto de Medicina dos EUA concluiu que não havia provas de que o autismo tivesse relação com o timerosal. Vale ressaltar que em 1992 alguns paises da europa deixaram de utilizar o timerosal e as taxas de autismo continuaram a crescer.



2 – Não existe tratamento adequado para o TEA


Seguimos com a lista de mitos sobre o autismo. Dessa vez, vamos falar sobre o mito de que não existe um tratamento adequado para o TEA.

MENTIRA!

A terapia mais indicada atualmente é a Applied Bahavior Analisys, mais conhecida como ciência ABA, uma ciência baseada em evidências, estudada desde 1930, primeiramente com um modelo proposto por John B. Watson, publicou o manifesto Psychology as the Behaviorist Views It, que propôs que a psicologia deveria focar no comportamento observável.

Em 1930 B.F. Skinner desenvolveu a Análise do Comportamento, introduzindo conceitos como o condicionamento operante. Skinner também cunhou o termo "análise experimental do comportamento".

O tratamento, baseado em evidências científicas forneceram um nível aceitável de resultados que mostraram que a prática produz resultados positivos para pessoas com TEA. O tratamento é realizado por uma equipe multifuncional com psicólogos, fonoaudiólogos, terapêutas ocupacionais, médicos, entre outros, sempre seguindo as necessidades individuais do paciente


3 - Autista tem que estudar e trabalhar em locais apropriados


Autistas podem e devem frequentar espaços regulares, por exemplo, jovens são capacitados a cursar universidades e adultos a trabalhar no mercado comum.

É possível, no entanto, que uma pessoa diagnosticada com autismo seja incluída em cotas nas universidades, ou trabalhe em uma vaga dedicada a PCD (pessoas com deficiência) nas empresas, mas via de regra, pessoas neurodivergentes devem frequentar os mesmos espaços que pessoas neurotípicas. Segregar só reforçaria a ideia de que a neurodivergência precisa estar separada do resto da sociedade.

Resumindo, o correto é capacitar escolas, universidades e empresas a receber e se adequarem a pessoas neurodivergentes.


4 - “O autismo pode ser curado”


MITO!


Como o autismo não é uma doença, portanto, não tem cura. O transtorno do espectro autista é uma condição neurológica, considerado como uma deficiência pela lei brasileira.

Com intervenções adequadas e apoio, as crianças autistas podem desenvolver habilidades sociais, comunicativas e funcionais, melhorando sua qualidade de vida e autonomia, inclusive na vida adulta.

Vale lembrar que o tratamento medicamento é um adjuvante, sendo utilizado como uma espécie de "regulador", fazendo com que o paciente TEA tenha um melhor aproveitamento durante as intervenções.


Como acabar com os mitos sobre o autismo?


Esses mitos que descrevemos acima são apenas alguns exemplos de como a desinformação gera fake news, mitos e preconceitos.

Quando disseminamos desinformação estamos reforçando estereótipos sobre o autismo, além de alimentar o preconceito existente contra PCDs de maneira geral.

É de extrema importância criarmos espaços para diálogos, como o Projeto OuVidas, bem como treinamentos para capacitar cada vez mais os profissionais da educação e o mercado de trabalho, como no Projeto NorTEAndo, dessa forma, compartilhamos nossas experiências e incluímos pessoas neurodivergentes no contexto social.


Gostou do nosso conteúdo? Então compartilhe com o maior número de pessoas possíveis ,pois O conhecimento é a chave para quebrar estereótipos e construir uma sociedade mais inclusiva para todos.


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